quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Mercado de Trabalho e Salário - Tec. em Segurança do Trabalho

Técnico em Segurança do Trabalho - Sálario
O salário do técnico em Segurança do Trabalho varia entre R$ 1.708,00 e R$ 6.381,00
Técnico em Segurança do Trabalho - Salário inicial:  R$ 3.270,00 
Tecnólogo em Segurança do Trabalho - Salário médio/remuneração média: R$ 2.261,60  

Técnico em Segurança do Trabalho - Mercado de Trabalho:
Essencial na implementação de programas de prevenção de acidentes, 9 em cada 10 técnicos em Segurança do Trabalho foram contratados em menos de 1 ano de formados.
Dados do Ministério da Previdência mostram que os acidentes de trabalho no Brasil cresceram 86,5% entre 1999 e 2009. 
Com a crescente expansão da economia brasileira e da produção industrial, mais trabalhadores entram no mercado e isso pode aumentar ainda mais o número de acidentes nas empresas que não possuem um tecnólogo de segurança do trabalho em seu quadro de funcionários. 
Companhias de siderurgia, mineração e metalurgia são as com maior oferta de vagas para o profissional de segurança do trabalho. 
O técnico em segurança do trabalho pode atuar como consultor autônomo de empresas, elaborar laudos ergonômicos e avaliações de riscos físicos.

Equipamento do técnico em Segurança do Trabalho

                                          

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Entrevista: Técnico Amadeu Moraes

Marcelo Scandaroli
Nome: Amadeu Moraes 

Idade: 48 anos 

Onde nasceu: Curitiba

Onde mora: Uberlândia (MG)

Onde trabalha: Racional Engenharia

Função atual: Técnico de Segurança do Trabalho  

Há  quanto tempo você atua como técnico de segurança do trabalho?

Atuo como técnico há 18 anos, mas sou militar reformado da Aeronáutica.
Como aprendeu a profissão?
O curso foi realizado em uma escola estadual em São José dos Campos, São Paulo. Tínhamos matérias técnicas intercaladas com as disciplinas do colegial regular (hoje equivalente ao ensino médio). O Governo do Estado, na década de 1990, implantou esses cursos técnicos em algumas escolas, a título de experiência, só que por falta de alunos e devido ao baixo índice de aprovação, eles foram sendo retirados das escolas públicas.
Por que você escolheu trabalhar nessa área?
Tudo aconteceu por acaso. Eu estava fazendo, na verdade, um curso particular de Técnico em Contabilidade e, a pedido de alguns amigos, mudei para o Técnico de Segurança do Trabalho. Gostei muito. Durou três anos e foi totalmente gratuito.
É difícil ser técnico de segurança do trabalho?
No início foi muito difícil, pois naquela época as empresas somente contratavam esse profissional para cumprir a legislação vigente. Nós não atuávamos do jeito que tinha que ser.
Hoje a situação é diferente?
A situação mudou muito porque as empresas sentem o custo alto das implicações legais e judiciais de um acidente de trabalho. Como resultado, passaram a investir mais em segurança, além de permitir e cobrar a atuação eficaz do profissional dessa área.
O que é necessário para ser um bom técnico?
Em primeiro lugar, ser justo e enérgico, sem arrogância, conquistando o respeito de toda a equipe. É preciso saber colocar sua opinião e, ao mesmo tempo, respeitar a de outras pessoas envolvidas; mostrar a irregularidade, imediatamente propor uma solução e, na medida do possível, amar o que faz.  
Como é a rotina de trabalho? 
Na área da construção civil não há rotina, pois as atividades variam de minuto a minuto.
Quais são suas responsabilidades?
O profissional deve inspecionar constantemente as frentes de trabalho, orientar e dar suporte técnico a toda equipe, cobrar o uso de EPIs, fazer vistoria de máquinas e equipamentos, palestrar para novos colaboradores, para que se integrem à equipe, diálogos diários de segurança e outros treinamentos específicos.
O técnico fica envolvido em algum tipo de risco? 
Ele fica exposto a vários tipos de risco, como qualquer colaborador no canteiro de obras.
Em 18 anos, você  realizou algum curso de reciclagem profissional?
Uma reciclagem que fiz foi o curso de Segurança em Espaço Confinado. Também é importante que o técnico esteja sempre atento às Normas Regulamentadoras de Segurança e Medicina do Trabalho, que estão sempre mudando.
O uso de Equipamentos de Proteção Individual ainda é um problema? As pessoas são muito resistentes? 
Infelizmente, sim. O colaborador ainda resiste quanto ao uso do EPI, dizendo que atrapalha, dá dores de cabeça, ou esquenta demais. Esta é uma questão comportamental difícil de ser corrigida. A maioria das pessoas só entende a importância do equipamento quando sofre o acidente.

Você teria algum exemplo para citar?
Em uma determinada obra, passei uma vez junto ao poço do elevador e pude constatar que o funcionário não utilizava o cinto de segurança. Imediatamente o adverti - verbalmente e, depois, por escrito. Ele foi obrigado a colocar o cinto. Depois de mais uma hora de trabalho, fui informado de que, ao puxar uma tábua que não suportou o seu peso, ele foi lançado para o interior do poço. Ficou pendurado pelo cinto de segurança e até hoje é muito agradecido a mim.
— Esta entrevista tem o objetivo de esclarecer algumas dúvidas de quem está começando a carreira como técnico.
Está entrevista foi tirada do site Equipe de Obra
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